sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Os Símbolos Nacionais do Brasil

Os Símbolos Nacionais do Brasil foram definidos pela Lei 5.700 de 1º de setembro de 1971. Esta lei determina como os símbolos devem ser usados, padrões, formatos, significados, etc. Estes símbolos representam o Brasil dentro e fora do território nacional. Logo, devem ser respeitados por todos os cidadãos brasileiros. Os Símbolos Nacionais são usados em cerimônias, documentos oficiais, eventos e localidades oficiais.

Atualmente, o Brasil possui quatro símbolos oficiais. São eles:
- as Armas Nacionais
- o Selo Nacional
- o Hino Nacional
- a Bandeira Nacional




quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Grito do Ipiranga é um plágio?


Você deve ter achado o título dessa notícia um tanto estranho, afinal, o termo plágio se aplica quando um autor se apropria indevidamente da obra de outro, apresentando a obra copiada como se fosse uma obra própria, e não a eventos históricos. E é verdade: se falássemos sobre o ato de Dom Pedro I às margens do rio Ipiranga, seria realmente estranho; mas, aqui, estamos falando do quadro Grito do Ipiranga, nome pelo qual ficou conhecido o quadro Independência ou Morte, obra do pintor Pedro Américo que deixou a mais importante representação sobre esse ato tão importante para nossa história. Mas, você sabia que essa obra é acusada de ser um plágio? É isso mesmo. Além disso, o quadro de Pedro Américo contém uma série de mitos que são contestados pelos historiadores, e é isso o que você vai conhecer agora.

Pedro Américo, o pintor do quadro Grito do Ipiranga
Pedro Américo foi um pintor brasileiro que viveu entre os anos de 1843 e 1905 e ficou conhecido por suas obras históricas, nas quais retratou grandes feitos da história do Brasil, como Tiradentes Esquartejado, sobre a Inconfidência Mineira, ou Batalha de Avaí, que ocorreu na Guerra do Paraguai, além de muitas outras obras.

Pedro Américo pintou o quadro Grito do Ipiranga em 1888, portanto, 66 anos depois do evento histórico, sob encomenda do Governo Imperial Brasileiro, que estava investindo na construção do Museu do Ipiranga, hoje chamado de Museu Paulista. O pintor não foi uma testemunha ocular do fato e sua obra apresenta uma série de divergências com a versão dos historiadores sobre o episódio. Como, por exemplo, o fato de Dom Pedro I e toda sua comitiva estarem montados em belos cavalos - isso seria muito difícil, uma vez que todos estavam vindo de Santos, e, para chegar até São Paulo, tinham que atravessar a Serra do Mar. Como tal subida era muito difícil, em geral, utilizavam-se das mulas e dos burros, animais mais fortes e resistentes a esse tipo de atividade que os cavalos; por isso, é bem provável que Dom Pedro I estivesse montado em uma mula muito menos vistosa e imponente que o cavalo marrom do quadro de Pedro Américo.

Quadro Independência ou Morte, também conhecido como O Grito do Ipiranga, de Pedro Américo
Além disso, a travessia da Serra do Mar era algo muito penoso, e é difícil que tanto o Imperador quanto os seus soldados estivessem usando roupas de gala, como as retratadas pelo nosso pintor. Muito provavelmente, todos estavam usando trajes simples, sujos e surrados pela longa jornada. Uma cena um tanto mais deprimente e menos inspiradora que a que Pedro Américo retratou. Além disso, conta-se que nosso Imperador estava com uma forte diarreia nesse dia, e, por isso, é provável que ele não estivesse tão disposto como no retrato.

Quadro 1807, Friedland, de Ernest Meissounier
Também há divergências sobre o número de pessoas que acompanharam o evento, que seria muito menor que o mostrado no quadro de Pedro Américo, ou ainda, sobre a presença da casa de pau a pique estampada no fundo da tela, uma vez que os historiadores alegam que o registro mais antigo dela data de 1884. Se não bastassem essas divergências históricas, Pedro Américo ainda foi acusado de ter plagiado a ideia para esse quadro de um outro, chamado 1807, Friedland, de Ernest Meissounier, que retrata a vitória de Napoleão Bonaparte na batalha de mesmo nome.

Pedro Américo se defendeu de seus críticos que o acusavam de falsear os eventos, afirmando que "a realidade inspira, e não escraviza o pintor". Sobre a questão do plágio, nunca saberemos se Pedro Américo realmente se inspirou na pintura de Meissounier, ou se foi uma coincidência. Mas, os dois quadros estão aí - por que você não os analisa e tira suas próprias conclusões?

Fonte: http://clickeaprenda.uol.com.br/portal/mostrarConteudo.php?idPagina=22452

sexta-feira, 17 de maio de 2013

“O problema do semiárido não é a seca, é a cerca”





Os termos semiárido, sertão e caatinga estão de tal modo interligados que acabam gerando interseções conceituais. No site do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), a região do semiárido é descrita como “cenário geográfico onde ocorrem as secas”, e abrange Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, além do Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais, e parte da região norte do Espírito Santo.

Também chamada “não tecnicamente” de sertão, a área tem regime de chuvas irregular (entre 400 e 800 milímetros anuais), seus solos são rasos e a vegetação é xerófila, resistente aos períodos de estiagem. A partir das condições de solo e água, a região é classificada em zonas: caatinga, seridó, carrasco e agreste, informa o INSA.

O etnoecólogo baiano Juracy Marques, coordenador do mestrado em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), explica de outra maneira: ele inclui na “zona semiárida brasileira” o estado do Maranhão, descarta o norte capixaba e a considera cenário do bioma caatinga, área que ocupa 70% do território nordestino (13% do país) e abriga 63% da sua população (18% da população nacional) — cerca de 28 milhões de pessoas.

Autor de diversos livros sobre a temática, Juracy esclarece que os termos são indissociáveis, frequentemente usados como sinônimos do mesmo espaço geográfico. Mesmo assim, explica que a palavra sertão, com origem no verbo latino ser/sero, que quer dizer ligar com fio, tecer, juntar, atar, engajar, encadear, definiria a área não cultivada, mais seca, com poucos recursos, afastada das cidades; semiárido seria o clima que predomina no sertão.

No site do INSA há a informação de que a caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro, que tem este nome graças a sua aparência durante a seca, quando as folhas caem e os troncos aparecem esbranquiçados. O termo, de origem tupi, significa mata branca, uma combinação dos elementos ca’a (floresta), tî (branco) e o sufixo ngá (que lembra).
Vítima do desenvolvimento

A Articulação no Semiárido reconhece a importância da caatinga, onde são encontrados cerca de 900 tipos de animais e uma quantidade muito variada de plantas e árvores. “Apesar da aparência seca, é um terreno fértil, com árvores resistentes, que armazenam água para a própria sobrevivência, como o umbu, o mandacaru e várias outras”, diz Naidison Baptista, coordenador nacional da ASA. “Uma das coisas que a gente preza muito é a preservação da caatinga”, destaca, lembrando que o bioma vem sendo devastado por grandes projetos. “Nos últimos três anos, mais de 16 mil quilômetros quadrados do semiárido foram devastados pela agropecuária extensiva e pela produção de carvão para siderúrgicas”, denuncia.

Naidison considera que o semiárido “é uma vítima secular desse processo de desenvolvimento”, que tem de um lado os grandes latifúndios e, de outro, parcelas minúsculas de terras para agricultores. Estudos científicos demonstram que o ideal é que cada criador de animais da região tivesse à disposição 200 hectares de terra. Hoje, as propriedades chegam a 4 hectares, quando muito.

“É um processo predatório, de extrema concentração de terra e de extrema concentração de miséria”, diz Naidison. Uma estratégia útil de manutenção do coronelismo, do poder político das mesmas famílias, dos mesmos grupos hegemônicos e econômicos, “que se servem da pobreza, da miséria das pessoas para enriquecer”.

Um modelo de desenvolvimento que se apoia no carro-pipa, nas frentes de trabalho. Desempregados no período das secas, os agricultores são recrutados para escavar açudes nas propriedades dos fazendeiros, que depois são cercados, impedindo as pessoas até de beber a água. “O problema do semiárido não é a seca; é a cerca, que cerca a terra e a água”.

Exportação e exploração

Outros problemas detectados por ele são projetos de criação de animais não nativos da caatinga, inadequados à região, e os grandes processos de irrigação que acompanham a instalação das indústrias de produção para a exportação (de vinho, melão ou manga), que além de trazer consigo agrotóxicos e transgênicos, faz com que as pessoas deixem sua terra e se transformem em operários nas indústrias. O coordenador da ASA aponta que este é um novo processo de exploração “despistada”.

Ele aposta no fim deste processo: “Nós temos inúmeros casos das pessoas se manifestando com liberdade”. Ele narra a história de um agricultor, de Feira de Santana (BA), que se considerava “acorrentado”. Para garantir água para a mulher e os filhos, tinha que votar em determinadas pessoas. “Hoje eu posso votar em quem eu quiser”, teria dito depois de garantir sua cisterna.

Outro exemplo simbólico dessa autonomia seria a mudança na rotina das mulheres. Muitas delas caminhavam diariamente até 20 quilômetros, carregando 20 litros de água. Hoje, podem estudar, produzir. “São transformações profundas, a partir de um elemento simples, que custa hoje R$ 1.800,00”, assegura Naidison.
Indústria da seca

Todo este contexto garantiu a associação, quase imediata, da região Nordeste às imagens da seca, da pobreza e da fome. Com exceção da faixa litorânea, onde se situa a maioria das capitais e os balneários e resorts que recebem turistas de todo o mundo, o interior ainda é, para a maioria das pessoas, sinônimo dos versos escritos por Luiz Gonzaga (1912-1989) e Humberto Teixeira (1915-1979) para Asa Branca (1947): “Que braseiro, que fornaia; nem um pé de prantação. Por farta d’água, perdi meu gado, morreu de sede meu alazão”.

Não foi somente o Rei do Baião que registrou a direta associação do sertão com precárias condições de vida e êxodo rural. Também a literatura praticada na região no século 20 reforçou o estereótipo do retirante, fugindo do solo árido e estéril para o Sudeste, em busca de trabalho. São obras que se tornaram clássicos nacionais, como Vidas Secas (1938), do alagoano Graciliano Ramos (1892-1953), e O Quinze (1930), da cearense Raquel de Queiroz (1910-2003).

Segundo a pesquisadora Lúcia Gaspar, em artigo publicado no site da Fundação Joaquim Nabuco, as secas são conhecidas no Brasil desde o século 16. Ela aponta que o fenômeno ecológico também é político, na medida em que reflete “a manutenção de uma estrutura social profundamente concentradora e injusta”, onde o controle da propriedade da terra e do processo político está nas mãos das oligarquias locais. A questão não se resume à falta de água, mas a sua má distribuição.

A prática, conhecida como indústria da seca, permite que grandes latifundiários nordestinos beneficiem-se de investimentos realizados e dos créditos bancários concedidos à região, enquanto os trabalhadores ficam vulneráveis. “A tragédia da seca encobre interesses escusos daqueles que têm influência política ou são economicamente poderosos, que procuram eternizar o problema e impedir que ações eficazes sejam adotadas”, sustenta.

Em 1951, a Lei 1.348 delimitou o Polígono das Secas, área de 950 mil quilômetros quadrados (52,7% do Nordeste), que vai desde o Piauí até o norte de Minas Gerais, onde o clima é semiárido e a vegetação é caatinga. As ações governamentais, no entanto, começaram no início do século 20, com a criação de uma inspetoria de obras — que mais tarde se transformaria no Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS).

A estratégia adotada foi a construção de estradas, barragens, açudes e poços, de maneira a dar apoio para que a agricultura suportasse os períodos de seca. Em 1945, o governo fundou a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e, em 1948, a Comissão do Vale do São Francisco (CVSF), hoje denominada Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf). Em 1952, nascia o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e, em 1959, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Os organismos tinham como objetivos estimular o desenvolvimento da economia nordestina e diminuir a disparidade em relação ao Centro-Sul do país.

O que se viu mais comumente, no entanto, foram as ações emergenciais, como distribuição de cestas básicas e a instituição de frentes de trabalho, criadas para ocupar os desempregados durante o período das secas, dirigidas para a construção de estradas, açudes, pontes. “O Nordeste é viável”, sustenta Lúcia. Seus maiores problemas, diz, são provenientes mais da ação ou omissão dos homens e da concepção da sociedade que foi implantada, do que propriamente das secas de que é vítima.

Sua análise se aproxima da ideia imortalizada por Euclides da Cunha (1866-1909), no clássico Os sertões (1902), que “o sertanejo é, antes de tudo, um forte”. Para o escritor fluminense, que cobriu a Revolta de Canudos (1896-1897) para O Estado de São Paulo, é “um titã acobreado e potente”, que pode se tornar retirante por conta da seca, mas que retorna sempre ao sertão.
Autor: (A.D.L.)

domingo, 10 de março de 2013

O QUE É GEOPOLÍTICA?



O conceito de geopolítica foi criado pelo geógrafo alemão Friedrich Ratzel (1844-1904) no final do século XIX. Para ele, a geopolítica é um instrumento da política externa de um país, baseado na valorização do espaço ou território como forma de exercer a hegemonia mundial. Trata-se da política do “espaço vital”.


O alemão Friedrich Ratzel é considerado o “pai” da geopolítica.

Ratzel propôs que “o espaço vital é a razão de equilíbrio entre a população de uma determinada sociedade, seus recursos naturais e seu território potencial”. Em outras palavras, afirmava que, para ser uma potência e conquistar a hegemonia mundial, era preciso conhecer a fundo a geografia de outros países. Se estes apresentassem vantagens geoestratégicas, como, por exemplo, disponibilidade de recursos minerais e energéticos, deveriam ser anexados.

A geopolítica de Ratzel ficou conhecida, mais tarde, como geopolítica clássica, ainda hoje usada pelas potências mundiais para desenvolver suas políticas externas. Embora haja outras teorias sobre o assunto, a geopolítica pode ser definida como a ciência que estuda estratégias do Estado para melhor administrar seu território com vistas à sobrevivência de seu povo e sua melhor inserção no plano internacional.

Alguns Estados pensam essas estratégias de modo que garantam a integração de seu território, usufruindo das possíveis riquezas nele existentes, como é o caso do Brasil. Por outro lado, há aqueles, como os Estados Unidos, que, além de pensar as estratégias do ponto de vista de seu território, também visam a expansão de seus domínios, adquirindo riqueza e poder internacional.

terça-feira, 5 de março de 2013

O nome do Brasil continua um mistério



Essa confusão começou há muito tempo, pouco depois do início da colonização. Um planisfério, conhecido como Kunstmann IV e datado de 1519, apresenta uma inscrição latina com a mais antiga referência à suposta derivação de "Brasil" de "pau-brasil": "essa terra mais ao sul é chamada Brasil por causa do pau que é dali retirado em grande quantidade".

Essa explicação passou a ser repetida, sendo aceita, por exemplo, por José de Anchieta (1584), popularizando-se desde então. No entanto, nos mapas medievais o mundo conhecido aparecia rodeado de ilhas reais ou imaginárias. Uma delas era a Ilha Brasil, pela primeira vez localizada em um mapa de 1324, a oeste da Irlanda, localização repetida em diversos planisférios posteriores.

As mais antigas grafias, como "Ho Brasile", "O’Brasil", demonstram tratar-se de um nome celta, grupo de línguas da Irlanda e País de Gales (Reino Unido), cujo sentido seria "Terra dos bem-afortunados", "Ilha da Felicidade" ou "Terra Prometida", já que a raiz bres, em irlandês, significa "nobre, sortudo, feliz, encantado" e esse nome conviria bem a uma ilha imaginária a oeste do mundo conhecido, na mentalidade medieval.

Os portugueses, no século XIV, produziram diversos mapas com a Ilha Brasil situada mais ao sul, em frente à Península Ibérica. O pau-brasil deriva seu nome, em plena Idade Média, da Ilha Brasil da cartografia medieval, sendo, portanto, anterior à chegada a nossa costa, em 1500.

A confusão entre o nome da madeira e do país foi reforçada pelo uso de "brasileiro" para designar o habitante do país, termo que, de início, designava o comerciante de pau-brasil, à semelhança de "baleeiro" e "negreiro", comerciantes de baleia e de escravos. Nos primeiros anos de exportação de pau-brasil, os documentos portugueses referem-se à madeira como "verniz" ou "pau vermelho", tradução do termo indígena "ibirapitanga".

Nos relatos mais antigos e por muitos anos, quando o nome oficial do país era "Terra de Santa Cruz", "brasil" designava apenas a madeira. Embora descartada a hipótese do nome "Brasil" ter origem em "brasa", seria a madeira da Ilha Brasil a dar o nome ao país ou seria a identificação da nova terra com a mítica ilha medieval a dar nome ao pau exportado? Não sabemos, mas não seria muito difícil de imaginar que o nome oficial "Terra de Santa Cruz" tivesse sido, desde o início e por parte dos homens comuns, deixado em segundo plano em favor de Brasil, nome de uma ilha que há muito habitava o imaginário medieval.

Fonte:http://www.scipione.com.br/mostra_artigos.asp?id_artigos=21&bt=5

segunda-feira, 4 de março de 2013

Fusos horários brasileiros


Por ter uma grande extensão territorial na direção leste-oeste (34°47’30” E, 73°59’32” W), de 1913 a 2008 dispunha de quatro fusos horários e, apesar da adoção do fuso horário prático, dois estados brasileiros — Pará e Amazonas — permaneceram “cortados ao meio”.

Em 24 de abril de 2008 foi aprovada uma nova legislação (Lei 11 662) que eliminou o antigo fuso de -5 horas em relação a Greenwich e reduziu a quantidade de fusos horários brasileiros para três, O extremo-oeste do Amazonas e todo o estado do Acre, que antes estavam no fuso -5, foram incorporados ao fuso -4 horas. O estado do Pará deixou de ter dois fusos horários e seu território passou a ficar inteiramente no fuso -3horas em relação a Greenwich. Perceba que, durante sua vigência, a hora oficial do país se iguala ao horário do nosso primeiro fuso (-2 horas) e que o horário dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que estão no terceiro fuso (-4 horas), iguala-se ao horário do Pará e dos estados da região Nordeste, localizados no segundo fuso (-3 horas).

Fusos horários no Brasil

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Marble 1.4.1


Marble é um software com cara de Google Earth, mas por incrível que pareça, possui funções que o gigante dos mapas não possui. Este Software Livre educacional permite que estudantes, viajantes, mochileiros e curiosos tenham contato com todo o planeta através da tela do PC. Marble oferece muitas opções para os apaixonados pela Terra, suas formas e contrastes.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Lajedo de Pai Mateus

Localizado no município de Cabaceiras/Paraíba, o Lajedo de Pai Mateus, é uma elevação rochosa granítica de mais de 500 milhões de anos do período pré-cambriano com 1,5 km². As rochas que se formam a quilômetros de profundidade foram empurradas para a superfície e começam a sofrer um processo de desgaste, as constantes mudanças de temperatura dilatam a rocha durante o dia devido ao calor e as contrai a noite, esse processo faz com que as roças rachem. Inicialmente são blocos retangulares que vão se desgastando num processo chamado de esfoliação esferoidal que as transforma em imensos blocos arredondados assim denominados de “mar de bolas”. Essas características geológicas são reconhecidas em poucas regiões do mundo (Figura 1).

Figura 1.

Também são encontrados no Lajedo vários sítios arqueológicos, com inúmeras pinturas rupestres deixados pelos índios cariris que habitavam a região há mais ou menos 12 mil anos (Figura 2), e pequenos lagos onde são encontrados fósseis de animais pré-históricos tais como mastodontes e preguiças gigantes.

Figura 2.

Próximo dali a alguns quilômetros encontra-se a “Saca de Lã” (Figura 3) estrutura rochosa também granítica como o Lajedo de pai Mateus que se destaca pela forma semelhante a um empilhamento de sacos de lã. Diferente do Lajedo de pai Mateus, na Saca de Lã as rochas são retangulares com fissuras exatas decorrentes do quebramento.

Figura 3.

A cidade de Cabaceiras e o Lajedo de pai Mateus se destacam pelo potencial turístico, que proporcionaram a cidade o título de “roliúde nordestina” onde foram rodados vários filmes entre eles "O Auto da Compadecida" baseado na obra de Ariano Suassuna (Figura 4).

Figura 4.